8 descobertas sobre o canabidiol, o CBD
14 de novembro de 2020 | publicado em
CBD ou canabidiol é uma das substâncias químicas, também chamadas de fitocanabinoides produzidas pela planta Cannabis sp. O CBD é uma das mais interessantes e cheias de propriedades curativas. Em muitos países, ele já é muito comum e amplamente utilizado, mas no Brasil ele vem sendo conhecido nos últimos anos.
A Cannabis tem uma história longa, mas apenas na última década o óleo de CBD, extraído desta planta, cresceu em popularidade. Em alguns países, ele é considerado um suplemento dietético voltado à promoção do bem-estar geral do organismo. Em outros, como no caso brasileiro, é considerado um medicamento. O CBD é um fitocanabinoide totalmente natural com propriedades ativas sobre um dos maiores sistemas de autorregulação do nosso corpo, o Sistema Endocanabinoide.
Vamos aos 8 fatos sobre ele que podem te surpreender.
Fato 1 – Com tanta desinformação nas mídias sobre o CBD, engana-se quem acha que ele só vem de um tipo de planta de Cannabis. Ele é encontrado nas variações das plantas de Cannabis, sendo extraído tanto do caule, flores, folhas e sementes. Seja cânhamo ou maconha, o que muda é a concentração deste fitocanabinoide.
Apesar do cânhamo como a maconha podem servir como fontes do fitocanabinoide, sabe-se que a maconha possui um teor de CBD naturalmente menor do que o de THC, ou tetrahidrocanabinol, o composto conhecido por suas propriedades “psicoativas” (aquelas que geram o famoso “barato”). No cânhamo, o CBD é predominante.
Por que o canabidiol é tão importante? Os níveis naturalmente mais altos de CBD no cânhamo fazem dele uma fonte ideal para produtos ricos em canabidiol. O cânhamo também cresce muito mais rápido do que a maconha, permitindo um ambiente de cultivo mais sustentável e eficiente.
Fato 2 – O CBD atrai grande parte da atenção devido aos seus inúmeros benefícios naturais, no entanto é considerado apenas um dos mais de 120 canabinoides descobertos.
O THC e o CBD são os mais destacados dos muitos canabinoides encontrados na Cannabis. Além desses dois compostos bem conhecidos, existem dezenas e dezenas em níveis mais baixos de concentração. Como o CBD, esses canabinoides interagem com o sistema endocanabinoide provocando um equilíbrio das funções corporais como sono, metabolismo, humor, analgesia, comportamentos e outros.
Embora os pesquisadores tenham identificado muitos canabinoides, seus esforços se concentram principalmente em estudar e compreender como o CBD e o THC influenciam os sistemas do corpo. Muitos estudos exploraram os efeitos e benefícios do canabidiol para explorar cada vez mais o potencial de uso do óleo extraído do cânhamo.
Fato 3 – A concentração de canabidiol na Cannabis varia de acordo com a variedade da planta. Além disso, as diferentes linhagens diferem em sua composição quanto ao teor de CBD e também quanto a sua composição de canabinoides.
Em função do cruzamento entre variedades, os produtores de Cannabis conseguem cultivar plantas com altíssimo nível de CBD. Para se ter uma ideia, quando os especialistas da nossa matriz, Medical Marijuana Inc., buscavam a variedade ideal para produzir os nossos produtos de Cannabis medicinal, chegaram a testar mais de 3 mil variedades até encontrar aquela com nível ideal para a produção necessária.
Fato 4 – Muitos afirmam que o CBD não é psicoativo. Antes de concordar ou não com a afirmação, vamos entender o significado da palavra “psicoativo”.
Psicoativos são substâncias químicas que agem no sistema nervoso central de quem as consome e causam alterações na função cerebral, interferindo temporariamente no humor, consciência, comportamento e percepção do indivíduo. Contudo, o CBD é um psicoativo não-intoxicante, não alucinógeno e sem efeitos colaterais graves. Razões que mais que justificam seu uso ser indicado para toda e qualquer pessoa, seja criança, adulto ou idoso.
Embora seja correto dizer que o CBD não “dá barato”, é incorreto descrevê-lo como não psicoativo. O termo “não-psicoativo” significa que uma substância não afeta a mente, o que não é uma descrição precisa para o CBD.
Na verdade, o CBD influencia uma das principais redes reguladoras nativas do corpo, o sistema endocanabinoide. O CBD estimula o sistema endocanabinoide a liberar neurotransmissores no cérebro e em outros órgãos, o que incentiva o equilíbrio (Homeostase corporal)
Provavelmente este é um fato entre os mais importantes a serem passados neste artigo: embora o CBD não seja intoxicante e não cause comprometimento, ele é psicoativo.
Fato 5 – Não importa qual a origem, CBD é CBD. Algumas pessoas que fazem uso de canabinoides pensam erroneamente que o CBD da maconha é de alguma forma mais potente que o CBD derivado do cânhamo. Em nível molecular, o CBD do cânhamo é o mesmo que o da maconha.
Vamos fazer uma comparação com a vitamina C. Não importa se seu corpo a absorve através de uma laranja ou um limão, ela tratará e usará a vitamina solúvel em água da mesma maneira.
Embora seja verdade que a porcentagem de CBD em plantas de cânhamo por peso seco é geralmente menor do que a porcentagem em algumas plantas de maconha, uma vez que ele é extraído da planta, essa diferença se torna insignificante. Seja vindo da maconha ou do cânhamo, CBD é CBD!
Fato 6 – Suplementar o corpo com fitocanabinoides poderia ser benéfico para tratar da deficiência de endocanabinoides, aqueles produzidos pelo próprio corpo.
Essa teoria, chamada de síndrome da deficiência clínica de endocanabinoides (SDEC), explica porque, em alguns casos, o sistema endocanabinóide é incapaz de manter o corpo adequadamente equilibrado. Ele propõe que uma deficiência nos canabinoides pode levar a uma disfunção no sistema endocanabinoide, culminando nos mais diversos problemas de saúde.
Agregar o óleo de CBD à sua dieta poderia, segundo a teoria, aumentar os canabinoides do corpo e ajudar o sistema endocanabinoide a buscar o efeito homeostático.
Fato 7 – Tomar CBD com todos os outros compostos naturais encontrados na Cannabis pode aumentar os efeitos do composto. Esse é o chamado efeito entourage, introduzido pela primeira vez em 1998 e que sugere que a soma total dos compostos químicos da Cannabis – incluindo CBD e todos os outros – agem sinergicamente para fornecer um efeito mais poderoso.
Em outras palavras, esses cientistas acreditam que o consumo do óleo de canabidiol de espectro total (aquele que não é filtrado/isolado) oferece maiores benefícios do que isolar o composto. Isso não se resume apenas a canabinoides, quando se fala de espectro amplo/espectro total/efeito entourage, estamos agregando mais de 400 compostos ativos da Cannabis, incluindo os canabinoides, flavonoides, terpenos, vitaminas, minerais essenciais, ácidos graxos, fibras, proteínas e clorofila.
Portanto, embora o CBD por si só já tenha demonstrado benefícios naturais inegáveis, o efeito entourage pode maximizar os benefícios deste canabinoide quando consumido com os outros compostos naturais encontrados na Cannabis.
Fato 8 – Muitas pessoas incorporam o CBD em suas vidas pela primeira vez quando enfrentam problemas de saúde, mas o CBD oferece propriedades que são benéficas para qualquer pessoa interessada em qualidade de vida e bem-estar. O estímulo do CBD no sistema endocanabinoide, pode ajudá-lo a trabalhar de forma eficiente.
Nos produtos de Cannabis medicinal são também encontradas vitaminas e minerais, incluindo vitaminas do complexo B, vitamina C, E, cálcio e magnésio. Eles também contêm proteínas, ácidos graxos e outros nutrientes essenciais para manter seu corpo funcionando da melhor maneira possível, como já citado sobre o efeito entourage.
Os efeitos de equilíbrio do CBD, combinados com o conteúdo nutricional do óleo de cânhamo, ajudarão a garantir que seu corpo receba o que precisa para o desempenho máximo do SEC a cada dia.
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Referências:
- Russo, E.B. (2004, Feb-Apr). Clinical endocannabinoid deficiency (CECD): can this concept explain therapeutic benefits of cannabis in migraine, fibromyalgia, irritable bowel syndrome and other treatment-resistant conditions? Neuro Endocrinology Letters, 25(1-2), 31-9.
- 2. Russo, E.B. (2017, March). Cannabidiol claims and misconceptions. Trends in Pharmacological Sciences, 38(3), 198-201.