Como a Cannabis com fins medicinais auxilia atletas paralímpicos?
20 de agosto de 2021 | publicado em
Depois de uma edição inesquecível das Olimpíadas, os atletas paralímpicos dos jogos de Tóquio 2020, que começam no próximo dia 24 de agosto, também entrarão para a história. Serão as primeiras paralimpíadas desde que a Agência Mundial Antidoping (WADA) retirou o Canabidiol (CBD) da lista de substâncias proibidas. Como a Cannabis com fins medicinais auxilia esses esportistas?
O número de paratletas profissionais e amadores que descobrem os possíveis benefícios dos produtos derivados da planta também tem aumentado.
Muitos dos esportistas de alto rendimento convivem com o estresse e a ansiedade, na luta por um sonho que se dedicam diariamente por anos em busca das conquistas em grandes eventos como as paralimpíadas. No geral, essas condições estão relacionadas com pensamentos ou ocasiões que provocam medo, aflição, frustração e nervosismo. Quando são excessivos, viram um distúrbio que requer tratamento. Alguns estudos com o público geral, não focado em atletas, apontam resultados positivos sobre os benefícios dos produtos derivados da Cannabis. Saiba mais aqui.
Os resultados desses e de outros estudos acabam se estendendo ao contexto dos atletas olímpicos e paralímpicos. O próximo passo é investigar como os potenciais ansiolítico, anti-inflamatório, analgésico e regulador do sono do CBD já reconhecidos cientificamente, atuam exclusivamente nas condições específicas dos esportistas de desempenho altíssimo.
No caso dos atletas paralímpicos, além do auxílio na recuperação de lesões, redução de dores, melhor qualidade do sono, outras questões específicas podem ser analisadas, como tratamento de lesões na pele causadas pela mesma posição. A expectativa é que as edições dos jogos em Tóquio fomentem mais pesquisas e estudos nessa área.
Proibição de corticoides
Se por um lado a medicina canabinoide vem tendo mais abertura no cenário esportivo mundial, os corticoides, hormônios esteroides que possuem ação anti-inflamatória, vem sofrendo cada vez mais restrições pela WADA. Muito utilizados pelos atletas, a agência considera que eles podem promover um aumento no desempenho, além de haver uma preocupação com possíveis riscos para a saúde do esportista, o que caracterizaria doping.