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Janeiro Branco, uma campanha pela Saúde Mental e Emocional

É possível notar nos últimos anos que a saúde mental é um assunto que vem sendo mais discutido na sociedade. Desde 2014 existe no Brasil uma campanha de conscientização sobre o tema: o Janeiro Branco – uma campanha nacional ao estilo das campanhas Outubro Rosa e Novembro Azul. O objetivo é chamar a atenção para as questões e necessidades relacionadas à Saúde Mental e Emocional das pessoas e das instituições humanas. Essa campanha ocorre no primeiro mês do ano, pois é geralmente em janeiro que as pessoas estão mais propensas a pensarem em suas vidas, em suas relações sociais, em suas condições de existência, em suas emoções e em seus sentidos existenciais. Todos os anos a campanha Janeiro Branco possui um lema e em 2022 o lema é: O MUNDO PEDE SAÚDE MENTAL!

Coincidentemente, em Janeiro de 2022, a Organização Mundial da Saúde (OMS) passou a classificar a Síndrome de Burnout pela primeira vez como uma doença, sendo oficializada como um quadro de “estresse crônico de trabalho que não foi administrado com sucesso”. Com isso, o Burnout passa a ser visto, diagnosticado e acima de tudo, tratado de forma diferente. A Síndrome de Burnout é um exemplo de doença mental que pode surgir após situações de trabalho desgastantes, que exigem muita responsabilidade ou até mesmo excesso de competitividade e pressão por resultados. Algumas pessoas são mais suscetíveis a passarem por esse quadro, devido a rotina de suas profissionais são mais suscetíveis a desenvolver a Síndrome de Burnout, tais como: médicos, enfermeiros, professores, policiais e jornalistas, além de profissionais que desempenham jornada dupla ou tripla.

É possível imaginar e mensurar que as mais diversas classes de profissionais têm constantemente passando por rotinas desgastantes ao longo do período da pandemia de COVID-19, mas um grupo em especial vem demonstrando na prática sintomas associados à síndrome de Burnout, que são os profissionais de saúde. Inclusive, em 2021, foi publicado um artigo científico na revista The Journal of the American Medical Association (JAMA Network) apontando que profissionais de saúde que apresentaram síndrome de Burnout em decorrência de suas atividades durante a pandemia de COVID-19, quando tratados com Canabidiol (CBD) apresentavam boa resposta terapêutica, colocando assim o CBD como uma ferramenta real para se buscar a reversão dessa doença mental.

A pesquisa clínica desenvolvida pelo médico e professor José Alexandre Crippa e colaboradores, foi realizada no Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo e contou com a participação de 120 voluntários, entre eles médicos, enfermeiros e fisioterapeutas. Ao longo do ensaio os participantes preencheram questionários médicos capazes medir seus níveis de exaustão emocional, depressão, ansiedade e estresse pós-traumático. No início do estudo, os participantes foram aleatoriamente divididos em dois grupos, onde um recebeu o tratamento padrão para a síndrome de Burnout enquanto o outro grupo recebeu além do mesmo tratamento, o CBD com 99% de pureza. A dose administrada de CBD foi de 300 mg/dia, sendo esse administrado por via oral na forma de cápsulas gelatinosas. Já o tratamento padrão para a síndrome de Burnout consistia em apoio motivacional, prática de exercícios leves e consultas semanais com psiquiatra para apoio psicológico. O acompanhamento e tratamento foram mantidos e avaliados por quatro semanas.

Dentre os participantes 66,9 % eram mulheres com idade média de 33,6 anos. Em relação ao questionário para de avaliação da exaustão emocional, em comparação com os participantes que receberam apenas o tratamento padrão, os voluntários que receberam CBD tiveram reduções significativas no quadro já a partir do dia 14 de acompanhamento (Figura 1A). O mesmo comportamento de redução dos sintomas associados à depressão e ansiedade foi observado no grupo de voluntários que receberem 300 mg de CBD (Figura 1B e 1C, respectivamente), no entanto essa redução já foi observada após 7 dias de tratamento. A pesquisa também avaliou a ocorrência de efeitos adversos relacionadas ao uso do CBD, mas não registrou efeitos colaterais significativos no grupo de pacientes tratados com o canabinoide. Apenas 4 voluntários apresentaram elevação nos níveis plasmáticos das enzimas hepáticas, mas que retornaram aos níveis normais com a descontinuação do tratamento.

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Assim, esse estudo clínico mostrou pela primeira vez que o CBD apresenta tanto eficácia quanto segurança em reduzir sintomas de exaustão emocional, ansiedade e depressão relacionados a síndrome de Burnout, em profissionais da saúde que atuaram na linha de frente durante a pandemia de COVID19.

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Escrito por Luzia Sampaio – MSL da HempMeds Brasil