Em 6 de novembro, o presidente da HempMeds® México, Raúl Elizalde, foi convidado a falar perante o Comitê de Especialistas em Dependência de Drogas da Organização Mundial de Saúde (OMS), em Genebra, na Suíça, sobre o canabidiol a fim de realizar uma revisão completa das características e propriedades relatadas em estudos realizados até o momento.
Desde o início da batalha para obter acesso a este canabinoide em seu país, Raúl Elizalde tem afirmado que este composto não é psicoativo e não é viciante. Hoje, a Organização Mundial da Saúde acaba de confirmar que ele tem razão.
“A Organização Mundial da Saúde (OMS), órgão das Nações Unidas, determinou que o canabidiol (CBD), molécula não psicoativa da planta Cannabis Sativa L., não é uma substância perigosa, pelo contrário, apresenta um potencial terapêutico alto”. A OMS substanciou suas declarações da seguinte forma:
O canabidiol não vicia
Com base em informações de estudos anteriores em seres humanos e animais, o relatório afirma que não há evidências de que o canabidiol possa se tornar viciante. Ele também afirma que não há casos relatados de abuso ou dependência da substância e que não representa um perigo para a saúde pública.
O canabidiol não é psicoativo
O comitê afirma que, com base em estudos anteriores, o cannabidiol não possui características para gerar efeitos psicoativos. A ausência de psicoatividade gera novas possibilidades para que a substância seja usada em outros tipos de estudos e pesquisas.
Os estudos apresentados à OMS
Entre a documentação mais relevante que foi levada em consideração, há um estudo em que 16 participantes receberam aleatoriamente uma dose de Tetrahidrocanabinol (THC), Canabidiol ou um placebo. Foram medidos indicadores diferentes que revelam alterações nos sintomas de psicoatividade ou intoxicação. Os participantes que tomaram THC mostraram ansiedade, sedação e alucinações. Em contraste, os participantes que ingeriram CBD não mostraram alterações significativas em comparação com aqueles que tomaram apenas um placebo.
Por outro lado, em um estudo duplo-cego randomizado, usuários recreativos de canabis foram convidados a testar os efeitos do canabidiol isolado. Concluiu-se que o canabidiol não produziu efeitos psicoativos, cardiovasculares ou outros.
Neste mesmo estudo, buscou-se conhecer os efeitos do abuso de CBD em comparação com o THC inalado. Verificou-se que o canabidiol e o placebo geraram resultados semelhantes em todos os indicadores utilizados para medir as mudanças nos participantes, como desempenho psicomotor, pressão arterial, frequência cardíaca, etc. Esta análise concluiu que o canabidiol não representa riscos.
A conclusão do Comitê da OMS é que o canabidiol, um composto extraído da planta de Cannabis sativa, tem baixa afinidade pelo receptor CB1, por isso não tem capacidade para gerar efeitos psicoativos. Além disso, as evidências existentes mostram que o CBD não tem efeitos adversos ou representa um risco de abuso.
Potencial terapêutico
“O CBD tem sido investigado para o tratamento de uma variedade de condições – como epilepsias – a área onde mais se tem visto avanços.” OMS
Uma declaração importante que dá ainda mais força ao que já foi afirmado pela American Epilepsy Society e os estudos publicados no México pelos neurologistas Saúl Garza e Carlos Aguirre, além de vários outros estudos clínicos sendo desenvolvidos no Brasil e no mundo.
Agradecemos profundamente o trabalho realizado por Raúl, porque o que começou com o primeiro acesso a um óleo de canabis no México para sua filha, hoje é um evento de repercussão internacional que afeta positivamente o acesso ao canabidiol e contribui para a atualização das leis por todo o globo.
Clique aqui para ler o artigo original em inglês publicado pela OMS.